Papo de maconheiro – Parte 1
Após tantos anos conversando e conhecendo dependentes de drogas foi possível selecionar alguns argumentos que eles utilizam para justificar o uso da maconha. Neste texto vamos “conversar” abertamente tentando contrapor a estes argumentos tão populares e na maioria das vezes desprovidos de informações científicas. É importante ressaltar que estamos falando daqueles usuários que estão desenvolvendo a dependência e não dos usuários ocasionais.
Vejamos então:
Argumento n: 01 – A maconha é natural e não faz mal:
Talvez o mais antigo dos argumentos. Nesta afirmativa existe uma verdade e uma mentira. A verdade é que a maconha é natural. Ela é uma planta com o nome científico de Canabis Sativa. Se pegarmos uma planta e levar ela para um laboratório será possível detectar cerca de 400 substâncias químicas, dentre elas o THC (Tetrahidrocanabinol) responsável pelo efeito psicoativo da droga e o Canabidiol que descobertas recentes dos cientistas descobriram alguns efeitos positivos no tratamento de algumas doenças degenerativas e convulsões.
A mentira nesta frase consiste em afirmar que esta droga não faz mal. Estudos científicos em várias partes do mundo já concluíram alguns malefícios da maconha:
- – A maconha é uma droga que provoca dependência;
- – A maconha é uma droga desmotivacional, ou seja, ao longo do uso, o dependente vai perdendo interesse nos estudos, no trabalho, na vida familiar, no esporte e passa a viver em função da droga;
- – A maconha pode facilitar o surgimento no dependente vários sintomas psiquiátricos como a esquizofrenia, a depressão, a ansiedade e pensamentos suicidas;
- – A maconha pode afetar o sistema imunológico em usos frequentes e em grandes quantidades, podendo provocar resfriados, gripes e infecções em curto espaço de tempo;
- – A maconha agrava problemas respiratórios como alergias, renites, sinusites, bronquites e asma;
- – A maconha afeta diretamente a produção de espermatozoides, diminuindo a sua mobilidade e podendo provocar a esterilidade temporária no homem. (Se parar de fumar o organismo volta a produzir os espermatozoides saudáveis);
Considerando ainda que dificilmente será encontrado um baseado só com maconha, o usuário vai ficar exposto também às misturas como mel, uísque, conhaque, urina, amônia, esterco de animais, orégano e capim seco. Infelizmente, nenhum estudo mostra o que estes produtos são capazes de fazer no corpo e na mente do usuário, além é claro de ficar mais exposto às outras drogas como o mesclado, cocaína, crack, etc.
Argumento n: 02 – A maconha é uma erva, não é uma droga:
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), drogas são todas as substâncias, naturais ou sintéticas que, ao ser introduzida em um organismo vivo, altera suas funções normais. É insanidade total querer argumentar que a maconha não altera este funcionamento. Reflexos comprometidos, apatia, preguiça, larica, risos sem nexos, dificuldade de concentração e falas sem sentido já demonstram claramente que esta erva é uma droga.
Assim, estes dois argumentos não se sustentam diante das evidências científicas. Na próxima edição vamos continuar com os outros argumentos. Não percam!
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CRIARTVIDA: O CANAL DA SOBRIEDADE – Série: Papo de maconheiro