Cigarro e sexo: nada a ver
By Cláudio

Cigarro e sexo: nada a ver

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O tabaco afeta diretamente a sexualidade da mulher. Desde o ato sexual, durante a gravidez e até no aleitamento materno esta droga provoca um verdadeiro desastre na mãe e no bebê.

Continuação da edição anterior Na mulher: Antes de ocorrer a relação há necessidade de excitação sexual. No homem a excitação é traduzida pela ereção peniana e na mulher pela lubrificação vulvovaginal. O tabagismo continuado leva à diminuição progressiva e antecipada da produção hormonal das gônadas. Na mulher fumante esta diminuição é mais evidente pela antecipação da menopausa em cerca de dois anos.

O deficiente aporte de sangue nos ovários determina diminuição da função ovariana, com parada da maturação folicular e mais tarde com a diminuição da produção hormonal. Como consequência ocorre a diminuição da produção de testosterona. Esta diminuição determina a diminuição do desejo sexual e a lubrificação inadequada dos órgãos genitais femininos provocando fortes dores no ato sexual.

Outra possível consequência do uso do tabaco pelas mulheres é o aumento da probabilidade de contrair o câncer de colo de útero que afeta diretamente a atividade sexual. Se não bastasse tudo isto, é possível listar algumas consequências para o bebê que “fumou” durante a gravidez da sua mãe:

1. Diminuição da fertilidade. Um dos componentes da fumaça do cigarro é a acroleína, substância capaz de diminuir a motilidade das estruturas ciliares. As trompas de Falópio são revestidas por cílios que são responsáveis pelo transporte do folículo e do ovo. Sob ação da acroleína este movimento ciliar será diminuído ou ausente.

2. As fumantes tem maior incidência de gravidez ectópica. Talvez a gênese seja devida ao déficit do movimento ciliar de transporte do ovo.

3. Existe um marcado aumento na incidência de abortos espontâneos.

4. As tabagistas têm menor duração da gestação com evidente aumento da incidência de partos prematuros. Uma explicação poderia ser a diminuição da perfusão placentária ocasionada pela ação vasoconstrictora da nicotina ou pelo aumento de carbohemoglobina fetal e materna.

5. Há diminuição do peso fetal de até 200 gramas. Talvez pelo mesmo mecanismo acima.

6. Há incidência maior de placentas com anomalia de inserção. Talvez pela diminuição da velocidade de transporte ciliar, chegando o ovo na cavidade uterina quando o endométrio já não esteja em sua melhor condição.

7. Nítido aumento de descolamentos prematuros de placenta normo-inserida.

8. Diminuição da duração da amamentação com introdução precoce de alimentação artificial. As mamas são glândulas sudoríparas modificadas e excretam também nicotina e seus metabólitos como a cotinina.

9. Os filhos de casais fumantes apresentam maior frequência de doenças respiratórias e de otites com diminuição do desenvolvimento pondo-estatural.

10. Os filhos das fumantes apresentam desenvolvimento intelectual deficiente em comparação com o desenvolvimento de outras crianças de não fumantes. Há atraso em iniciar a caminhar e a falar. Há nítida diminuição de capacidade de raciocínio empírico, como matemática. Portanto, cigarro e sexo não tem nada haver.

PARE DE FUMAR PARA VOLTAR A TER PRAZER NO SEXO!

 

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  • Março 24, 2016

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